Foi um verão cheio, este que passou! Um verão cheio de sol e de mar, areia quente, céu limpo. O mar sempre a chamar por mim. O mar para além da ponte e o mar para cá da ponte, mais perto de casa. E eu a deixar-me levar. E a cidade ao meio, cheia de gente de muitas línguas.
Foi um verão cheio, o meu verão perto de casa, entre praias. Sempre com o mar aos pés. Corpo ao sol. A alma molhada pelas ondas, permitindo-se ser apenas alma aquecida pelos dias de sol, livre nas águas, embalada pelo oceano. Às vezes é preciso esta evasão. Esta distância das coisas de todos os dias, sem outro prepósito que não seja… evadir-se!
Preguicei tanto. Deixei-me ir, com as marés, cansada que estava dos dias a planear o futuro, à procura de inspiração. A inspiração não se materializou, mas encontrei outros sentidos. Às vezes é preciso deixar ir!
E, depois, o verão é para sorver até à última gota, gulosamente, como quem sorve gelados de eucalipto e alfarroba! ♥♥♥