Bom dia Verão

Há muito tempo que isto não acontecia, mas foi bom! Foi bom acordar mais tarde – já eram 10h 45 –, e não ir ao ginásio. [Às vezes também preciso transgredir. Não posso ser tão exigente comigo própria, o tempo todo.] E acolher o primeiro dia de Verão, embora instável, um pouco cinzento, com cerimónias e máxima concentração. Abrir a janela e respirar devagar, sentido fisicamente esse movimento. É como se meditasse, só que de olhos abertos, pois não quero perder cada pormenor desta manhã primeira de uma nova estação. A dança da Natureza. [Tenho a vantagem de ter casa com vista para um pequeno jardim. Quando as árvores se espreguiçam, os seus braços quase chegam ao parapeito da minha janela]. E depois, a um ritmo igualmente lento, sem pressas, preparar um pequeno-almoço especial. Em modo ‘com fome de guloseimas, continuação, e ao mesmo tempo quero criar um prato bonito e colorido para abraçar o Verão’, acabo por eleger as panquecas simples de sempre que faço em 15 minutos. Junto uma chávena de farinha, outra de leite magro e um ovo para obter a massa. Recheio com o meu doce de morango ‘homemade’. Porque é um dia especial, sirvo-as com gomos de abacate e sementes de chia. Acompanho com uma boa caneca de café preto, bem forte, pois não há melhor conjugação. Bom dia Verão.

Os pecados de sexta à noite

Passo a semana entre pequenos-almoços cuidados, lanches e jantares nutritivos. Há alturas em que cometo os meus pecadilhos ente a terça e a quinta-feira – e então disciplino-me no dia seguinte. Mas, à sexta não resisto à gula! O meu corpo grita por calorias. Desmedidamente. Sobretudo por guloseimas. Atrevo-me a dizer mal o ‘galo canta’! Acordo sentindo-me capaz de todos os pecados. E, confesso, nem por um segundo penso reprimir este desejo de excessos. Bem pelo contrário. Fico a pensar no que vou oferecer-me ao jantar – quase sempre a hora destes banquetes. E, às vezes, porque a preguiça (outro pecado mortal) é quase tão grande como a gula, opto por misturas simples. Sobressas fáceis de criar em dois minutos, mas capazes de saciar esta vontade de doces. Hoje, escolhi requeijão de cabra. Reguei com mel alentejano e polvilhei com canela e sementes de chia.

Os primeiros figos (fiz salada)

Adoro figos frescos (também gosto deles secos) mas só hoje consegui comer os primeiros da época. Pretos, fresquíssimos e maduros. Misturei-os com pequenas porções de presunto, tomate, pepino, rúcula selvagem, e fiz uma deliciosa salada, temperada com um pequeno fio de azeite. Acompanhei com um sumo de pêssego e menta.

Lanche refrescante depois do treino

Às duas da tarde espera-se que me sente para almoçar. Mas às vezes não resisto, e troco esta refeição por um bom lanche (se calhar porque começo sempre o dia com um pequeno-almoço rico e saudável, e entre o treino e uma aula como sempre uma banana e 3 a 4 nozes). Hoje foi um desses dias, em que regressei do ginásio e não tive dúvidas que me apetecia muito chá verde com gengibre, frio, nêsperas e uma generosa taça de iogurte natural de soja com flocos de aveia integrar e maçã (lembrei-me de fazer a fotografia já ia a meio da refeição).

O conforto da sopa

De Inverno quer-se quente. De Verão fria.. Hoje fiz uma das minhas sopas preferidas para a estação quente, a de pepino e abacate (receita de uma ex-cunhada). Faz-se assim: 1 pepino descascado (eu não uso as sementes), 1 abacate, uns ramos de coentros (também fica bem com salsa) e leite Desfaço tudo na centrifugadora até obter uma textura cremosa. Já no prato, tempero-a com uma pitada de flor de sal e outra de pimenta branca, e decoro com folhas de coentro e bocadinhos de pepino.

O mar e o rio (the sea and the river)

Fim de tarde nas Furnas (Costas Alentejana). Onde o mar e o rio se encontram. [Silent, quiet and beautiful]

Mais um dia de treino

 

Depois de quatro dias parada, voltei ao ritmo de sempre. Quarenta e cinco minutos de Pilates, quinze minutos de abdominais (intensos) e o resto centrada no meu plano de treino (o tal durinho, durinho!). Não conheço forma melhor de começar os dias!

Outros planos da praia

Outros planos do mar. E da praia do Malhão, na Costa Alentejana. Manhã cedo, entre o sol e uma certa neblina. Ainda. Mais perto das rochas e das pequenas ‘piscinas’ esculpidas pela água e o vento. Esta praia deslumbra sempre. Deslumbra-me sempre. Surpreende-me todos os anos, nos longos passeios de exploração das suas margens. Calcando a areia molhada, coberta de algas. Às vezes! Subindo às rochas mais aguçadas – agora com mais cuidados. Redescubro a praia do Malhão.

O jantar (ainda há pouco!)

Simples a minha opção de jantar, ainda há pouco: batatas-doces com queijo de cabra, que acompanhei com mini tomates Bio. Faço assim: lavo muito bem as batas doces com casca, enxugo-as levemente com um pano e corto-as às rodelas. Depois tempero cada uma delas com flor de sal e levo ao forno em tabuleiro forrado com papel de alumínio. Mais ou menos a meio da cozedura viro-as, assegurando-me que ambos os lados ficam ligeiramente dourados. Quase no fim, disponho fatias de queijo de cabra sobre cada uma das porções de batata e tempero com orégãos. Retiro o preparado do forno quando o queijo começa a amolecer (nesta receita, não gosto do queijo totalmente derretido). Acompanhei com um chá verde com limão e gengibre (também deve ficar bem com um bom vinho tinto).

Descansar perto do mar

Gosto das praias da Costa Alentejana. Porque são mais selvagens. Porque as suas águas são mais frias. Aquele ‘choque’ primeiro, mal o pé entra em contacto com uma onda de espuma. O frio antes da paz. Depois aquela sensação familiar antes do consolo. De todas, e gosto de quase todas, continuo a preferir esta do Malhão com a sua enorme extensão de areia e os seus rochedos, o verde das algas formando tapetes manhã cedo. Em hora de maré baixa. E de passeio de uma ponta à outra do areal, entrecortado por banhos revigorizantes.