Águas límpidas e cristalinas, areias brancas e ambientes descontraídos.
Às vezes o sol teima em não aparecer em pleno verão – o que não foi o caso este ano, durante a semana de julho que lá passei umas férias tranquilas –, mas mesmo assim há magia nas praias do SW Alentejano e Costa Vicentina que visitei.
E à sua volta uma beleza que nos convida a voltar em qualquer altura do ano. E a vivê-la com todos os sentidos!
∙ Praia das Furnas
De um lado o Atlântico, do outro a foz do rio Mira, e a ao fundo a praia do Farol. Às vezes caminhamos da praia para o rio, onde as águas ficam mais frias até ao arrepio.
Este ano o mar avançou sobre a areia e o verão revelou um areal menos profundo quando a maré enche. A solução, para quem gosta do silêncio e detesta sentir-se numa carruagem do metro de Lisboa na hora de ponta, é chegar à praia com a maré vazia.
Foi o que eu fiz esta ano, aproveitando para dar umas boas caminhadas à beira mar e banhos revigorantes. Vale sempre a pena voltar às Furnas.
∙ Praia de Almograve
O areal é pouco profundo e extenso, mas também aqui o avanço do mar fez-se claramente sentir. Na hora da maré cheia há pouco espaço para banhos de sol. Independentemente disso, continuei a ‘acampar’ na zona mais recatada e intimista da praia, com um areal diminuto.
Quando o mar sobe na praia de Almograve a rebentação ameaça, pode tornar-se traiçoeiro, por isso é tempo de ir ao encontro de outras paragens.
Diz-se que tem boas condições para a prática do bodyboard. Eu confesso que não sei. A minha relação com o mar é mais contemplativa!
∙ Praia da Ilha do Pessegueiro
Não sei se há um pessegueiro na ilha, nunca fiz essa viagem de barco. Deste lado continuo a ver uma ilha de gaivotas.
Este ano, num dos dias mais quentes por estas paragens, experimentei umas braçadas na praia – que é vigiada – com as suas águas transparentes e areia branca.
∙ Praia do Malhão
Tenho que admitir, é a minha preferida. É a praia mais selvagem, a praia do grande areal com grandes dunas, e uma vasta encosta de rochas, que vai conseguindo sobreviver às grandes invasões de turistas, talvez porque não é de fácil acesso.
Para lá chegar é preciso fazer um caminho tortuoso de terra batida. Mas há sempre espaço no Malhão, mesmo quando a maré enche.
Este ano a prática do surf pareceu-me mais presente, o que não tirou a magia ao lugar.
∙ Praia do Carvalhal
Também gosto especialmente desta praia atravessada por um riacho, situada a poucos quilómetros a sul da Zambujeira do Mar, num vale profundo e harmonioso.
A melhoria nos acessos tem trazido mais gente ao Carvalhal, que continua a ser uma praia tranquila com muito bom ambiente.
À beira mar ou mais distante no areal, o conforto convida a umas braçadas descontraídas no mar e a preguiçar ao sol ate ao entardecer.