E aqui vou eu lançada, preparadinha para falar sobre o tempo: dos cenários de sombra sobre Lisboa, da chuva e do sol que se vão alternando pela cidade. Continue reading
Os primeiros sinais de primavera
23 FebEu sei que a semana começou assim, com chuva miudinha e irritante. Fui surpreendia por ela ainda há pouco, na rua! Vejo-a agora em gotas muito esticadas à minha janela. Mas há qualquer coisa no ar que anuncia um outro tempo. Mais morno, cheio de vida. Hoje tenho menos frio, quase não tenho frio. Continue reading
À janela
24 NovGosto de janelas. Demorar-me nelas debruçada ou nariz no vidro, de acordo com a estação do ano, e se chove ou há sol, se faz frio. É um hábito que me acompanha desde sempre. Quando era criança pequena colocava um banquinho para olhar através dela, com sorte talvez a minha mãe me deixasse ir brincar para a rua. Depois cresci mais um pouco e voltava lá para sonhar: ‘quando crescer quero comprar todos os livros do mundo, quando crescer quero viajar, quando crescer quero ser’ [Acabo de perceber que não me tenho saído mal!] Agora estar na janela ajuda-me a pensar, a organizar o pensamento, a tomar decisões. E às vezes também não acontece nada disto, fico só a olhar a paisagem. Hoje foi um dia desses. Assim vai o outono hoje, a partir da minha janela.
Adeus agosto
31 AugAproveitar este céu lindo, muito azul, enquanto o tempo das nuvens não chega. Último dia de agosto, a vinte e dois dias do outono. Como eu gosto desta sensação de passagem, de fim e princípio. Acompanhar a mudança das paisagens, descobrir novas cores e novos cheiros para apetecer novos sabores. Lá fora tudo muda. Primeiro com gestos tímidos. Cá dentro também. E, de repente, numa hora qualquer vejo-me a abrir baús à procura de mantinhas quentinhas. Mas ainda não será hoje que o dia é quente e ainda é verão, e há uma promessa de que o calor vai prolongar-se. Com um pouco de ‘sorte’ ainda volto a ver praia. E muitos céus azuis como o de hoje, sobre o pinhal.